O presidente da Associação Nacional dos Produtores de Coco (Aprococo), Reinaldo Ribeiro, visitou na tarde de sexta (27) a Embrapa Tabuleiros Costeiros (Aracaju, SE). Acompanharam o dirigente setorial o secretário de Agricultura de Rodelas (BA) Marcos David e o assessor da Secretaria da Agricultura de Sergipe, Franuel Fagner. Ribeiro foi recebido pelos dirigentes da Unidade da Embrapa, Marcelo Fernandes, chefe-geral, Ronaldo Resende, chefe de Pesquisa, Alexandre Nizio, chefe de Transferência de Tecnologia, e Paulo de Carvalho, chefe de Administração.
Em pauta, a agenda de pesquisa e as possibilidades de parcerias com o setor produtivo para desenvolvimento de soluções tecnológicas para revitalizar a cultura do coqueiro no Brasil. A cocoicultura brasileira, em especial os pequenos e médios produtores do Nordeste, vem enfrentando uma crise que passa pela forte concorrência da água de coco e coco seco importados de países asiáticos, queda no preço do fruto, envelhecimento de plantas, entre outros fatores. O chefe-geral Marcelo Fernandes apresentou a agenda de pesquisa em execução e em planejamento para cultura do coqueiro, mandato oficial da Unidade. Ele citou os diversos projetos em execução em diversas frentes, como melhoramento genético, controle de pragas e doenças e aproveitamento de resíduos.
Ribeiro ressaltou que o papel da pesquisa pública é fundamental no desenvolvimento de soluções para a cocoicultura brasileira, destacando a importância de se manter o financiamento governamental que viabilize a sua execução, aliado às parcerias com setor privado. Ele se mostrou preocupado com o provável cenário de cortes orçamentários para os órgãos federais de ciência e tecnologia em 2020, em especial aos que atuam no desenvolvimento de soluções para a agricultura, como a Embrapa. “O agro brasileiro chegou aonde chegou devido em grande parte às pesquisas desenvolvidas pela a Embrapa, que são de aplicação na realidade do agronegócio, com retorno garantido. Se hoje tenho coqueirais híbridos de dupla aptidão que ajudam a enfrentar as sazonalidades da cultura, foi porque a Embrapa desenvolveu um método para lograr tal êxito”, defendeu. Por: Saulo Coelho (MTb/SE 1065).