O 1º Workshop Ácaros em Fruteiras Tropicais: Cultura do Coqueiro, realizado pelo Laboratório de Acarologia da Universidade Federal Rural de Pernambuco, debateu desafios e estratégias de manejo de ácaros em fruteiras tropicais, em especial o Coqueiro. Dentre uma das principais palestras, destacamos a palestra intitulada “Carências e Desafios dos Produtores de Coco do Nordeste”, proferida pela Eng. Agrônomo Jamison Moura, MSc.
A seguir, elaboramos um breve resumo do conteúdo, considerado de alta relevância, em função das mudanças climáticas às quais os produtores de coco deverão estar preparados para se adaptar, em especial na região nordeste do país.
Introdução
O controle fitossanitário em fruteiras tropicais é um desafio crescente, em especial na cultura do coqueiro. As condições climáticas extremas, mudanças na temperatura e padrões de precipitação, e o impacto dessas mudanças sobre pragas e doenças são aspectos de grande preocupação para produtores e especialistas. Este artigo visa abordar os desafios enfrentados no manejo de ácaros em fruteiras tropicais e discutir estratégias eficazes para reduzir o estresse nas plantas e melhorar a produtividade.
Desafios no Controle Fitossanitário
Os extremos climáticos, como aquecimento global e períodos de seca, afetam diretamente as fruteiras tropicais, tornando as plantas mais suscetíveis a pragas. Dados recentes indicam que as temperaturas médias têm aumentado em diversas regiões, alterando os ciclos de vida de pragas como ácaros e insetos sugadores. Essa situação agrava os problemas fitossanitários devido ao estresse oxidativo nas plantas, que pode reduzir sua resistência natural.
:: Estresse Oxidativo nas Plantas
O estresse oxidativo é uma resposta fisiológica das plantas a condições adversas, como temperaturas extremas e secas prolongadas. O excesso de radicais livres leva à degradação celular, afetando a fotossíntese, a absorção de nutrientes e o metabolismo geral da planta. Isso torna o controle químico e biológico das pragas menos eficiente, uma vez que as plantas debilitadas são mais suscetíveis a ataques de ácaros e outras pragas.
Estratégias de Manejo e Controle de Pragas
:: Nutrição e Saúde da Planta
Uma das estratégias fundamentais para o manejo de pragas em fruteiras tropicais é a nutrição adequada das plantas. Nutrientes como magnésio, boro e zinco desempenham um papel crítico na resistência das plantas ao estresse oxidativo e às pragas. A aplicação adequada de fertilizantes, associada ao monitoramento da área foliar, é essencial para promover uma planta vigorosa e menos suscetível ao ataque de ácaros.
:: Manejo de Irrigação
O manejo correto da irrigação é vital para manter a saúde do sistema radicular e garantir o desenvolvimento da planta. O excesso de água pode levar ao encharcamento do solo, causando danos às raízes e resultando em menor absorção de nutrientes. Uma planta com sistema radicular saudável tem maior capacidade de resistir ao estresse e ao ataque de pragas.
:: Aplicação de Produtos Fitossanitários
A aplicação de produtos fitossanitários, como abamectina, deve ser feita de forma criteriosa. A eficiência desses produtos pode ser reduzida devido à fotodegradação quando aplicados em condições de alta temperatura e radiação solar. Portanto, é recomendado realizar as pulverizações em horários adequados, como início da manhã ou fim da tarde, para maximizar a eficácia dos tratamentos.
Considerações Finais
O manejo fitossanitário eficiente em fruteiras tropicais, especialmente em coqueiros, requer uma abordagem integrada que considere os aspectos nutricionais, climáticos e fitossanitários. Nutrição adequada, irrigação eficiente e aplicação criteriosa de produtos fitossanitários são práticas-chave para reduzir os impactos do estresse oxidativo e controlar pragas como ácaros. À medida que as mudanças climáticas intensificam os desafios para os produtores, é essencial adaptar as práticas agrícolas para garantir a produtividade e a saúde das plantações. Para ver a palestra na íntegra, acesse: https://www.youtube.com/watch?v=wjaYU3tplqs&t=8481s. Adiantar o vídeo até o tempo de 1 hora e 18 minutos.
Fonte: Redação Aprococo Brasil