O mercado global de coco registrou variações significativas nos preços de seus principais derivados nesta segunda semana de maio de 2025. Índia e Indonésia, dois dos maiores produtores mundiais, foram os protagonistas das movimentações, com destaque para o óleo de coco, copra, coco desidratado e coco sem casca.
Óleo de coco indiano registra leve valorização em meio à estabilidade regional
Na Índia, o preço do óleo de coco subiu 0,74%, alcançando US$ 3.351 por tonelada métrica no estado de Kerala. A elevação, embora modesta, contrasta com a estabilidade observada em outros grandes produtores como Filipinas e Sri Lanka, onde os preços permaneceram inalterados ou sequer foram cotados. O movimento sugere uma demanda interna aquecida ou ajustes na oferta local.
Copra dispara na Indonésia com alta de mais de 9%
O mercado indonésio de copra — a amêndoa seca do coco usada na extração de óleo — apresentou um salto expressivo de 9,02%, atingindo US$ 1.444 por tonelada métrica. A valorização pode estar relacionada à redução na oferta ou ao aumento da demanda industrial, o que pode impactar os preços de produtos derivados nas próximas semanas.
Coco desidratado mantém firmeza na Indonésia e sobe na Índia
Enquanto o preço do coco desidratado na Indonésia se manteve estável em US$ 3.600 por tonelada métrica (FOB), a Índia registrou uma alta de 5,51% no estado de Karnataka, chegando a US$ 2.981 por tonelada. A diferença entre os mercados de exportação e consumo interno evidencia pressões distintas: estabilidade na demanda externa e possível escassez no mercado doméstico indiano.
Coco sem casca também apresenta valorização nos dois países
O preço do coco sem casca destinado à indústria subiu 5,58% na Indonésia, alcançando US$ 428 por tonelada métrica. Já em Kerala, na Índia, o aumento foi mais contido, de 0,41%, com o preço chegando a US$ 818 por tonelada. A tendência de alta pode estar ligada a fatores sazonais e à crescente demanda por matéria-prima para processamento.
Essas movimentações reforçam a importância de acompanhar de perto os mercados regionais, especialmente em países-chave como Índia e Indonésia, cujas dinâmicas locais têm impacto direto nos preços globais dos produtos derivados do coco.
O Brasil, observador atento e potencial beneficiário dessas movimentações, deve analisar minuciosamente os impactos dessas quebras de safra asiáticas, tanto para ampliar oportunidades nas exportações quanto para traçar estratégias de proteção ao produtor nacional. Esta alta vem beneficiando produtores de coco seco, mas não o suficiente para estimular a recuperação de áreas produtoras típicas como o litoral norte do Estado da Bahia, onde produtores estão migrando para novas culturas, a exemplo da laranja.
Referências:
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Por: Redação APROCOCO BRASIL